Investindo em Startups sem Due Diligence?

Recentemente, perguntei a alguns investidores experientes como é que eles escolhiam as Startups em que gostariam de investir. A resposta, sinceramente, me surpreendeu. O critério básico, ao que parece, é o “cheiro”, a impressão subjetiva obtida de conversas com os fundadores das Startups.

Algum processo mais formal de Due Diligence, ou seja, de análise mais aprofundada sobre a empresa a receber o potencial investimento? Aparentemente, não! Só “instinto” mesmo.

Conversando com outras pessoas deste ecossistema, chegamos à conclusão de que, realmente, um investidor experiente provavelmente sabe fazer as perguntas certas e, assim, realizar um Due Diligence informal.

Acontece que todo investidor experiente um dia foi inexperiente. Esse tal “instinto” é o que conhecemos como Conhecimento Tácito na área de Gestão do Conhecimento.

Acredito que esse conhecimento pode ser traduzido em Conhecimento Explícito, ou seja, um método que permita avaliar rapidamente aspectos importantes tais como características comportamentais do time de liderança da Startup, maturidade, experiência e conhecimento de conceitos de gestão por parte dos fundadores.

É claro que, na situação das Startups, não cabe um Due Diligence tradicional, de profunda análise de balanço, como é feito nas aquisições de grandes empresas por grandes empresas (aliás, analisar exclusivamente os aspectos financeiros de uma empresa a ser comprada não é suficiente, como vemos com frequência nos casos de desastre em várias fusões e aquisições de que temos conhecimento pela imprensa especializada. Mas isso é assunto para uma outra conversa…)

Mas acredito que cabe, sim, um método para avaliar as chances de sucesso de uma Startup que sirva de ajuda para investidores menos experientes e, porque não, os mais experientes também.

Voltaremos a falar desse assunto…