Como vocês sabem, fiz na última terça uma palestra na SUCESU com o título “BPM, SOA e Arquitetura Corporativa”. A apresentação foi um sucesso, tivemos mais de 60 participantes. Vou comentar alguns dos pontos discutidos aqui para quem não pode ir.
O argumento principal da palestra era que algumas iniciativas que estão muito na moda na área de TI hoje correm sérios riscos de dar com os burros n’água sem a Arquitetura Corporativa.
Em particular, investir em SOA sem Arquitetura Corporativa é algo com enorme probabilidade de não passar de dinheiro jogado pela janela.
Por quê?
Simples. Ao contrário do que alguns influentes advogados do SOA pregam, implantar esta tecnologia nem é barato nem se faz do dia para a noite. Assim, é evidente que alguma forma de priorização se faz necessária:
- Quais são as funcionalidades dos sistemas atuais que devem ser transformadas e encapsuladas em serviços?
- Quais novos serviços são realmente necessários?
- Onde devo buscar estes novos serviços? Desenvolver em casa ou procurar no mercado?
Ora, devemos começar pelos serviços mais relevantes para a estratégia da empresa, dirá alguém, e com razão. A questão é: como é que eu sei quais são os serviços mais relevantes para a estratégia?
A resposta é que você não tem como saber sem uma Arquitetura Corporativa. É a Arquitetura Corporativa (também conhecida como Arquitetura Empresarial) que mapeia e documenta tudo o que há dentro da organização, estabelecendo o vínculo entre a Estratégia da organização, seus Processos de Negócio e os recursos necessários para viabilizar esses processos.
Sem Arquitetura, portanto, corremos o risco de investir nos “serviços” errados, o que nos levará em breve ao nosso velho carma: o Retrabalho.
Estou disponibilizando os slides da palestra em nossa área de Recursos. Estejam à vontade para comentar.